sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Queima de flores e "rouba de cruzeiro" tradição passada de pai para filho

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Rosenilda herdou da mãe a tarefa de não deixar morrer a tradição da queima de flores na comunidade Jardim, que acontece no mês de maio, dedicado a Maria, genitora do Salvador. "Essa tradição ninguém sabe onde começou, nós herdamos de nossos avós", relata.
Além da queima de flores, a rouba de cruzeiro é outra tradição religiosa que existe no Sitio Jardim e que desde cedo as pessoas aprendem a preservar. Segundo Rosenilda, são formas de manifestações passadas oralmente de pai para filhos e é uma maneira de educar, também, as crianças na fé cristã.
A queima de flores na localidade rural denominada Jardim, no município de Areia-PB, começou com as pessoas se reunindo no mês de maio para homenagear Maria rezando o terço de "continhas". Na ocasião os moradores levavam flores em oferecimento a mãe de Jesus em sinal de agradecimento a pedidos feitos durante todo o ano. Rosenilda aprendeu que as flores são pedidos feitos a Maria que são levados ao Céu através da fumaça. "Em cada flor queimada vai um pedido a Nossa Senhora, nossos pais contam assim e nisso é que acreditados", diz. Para ela, diferente do que muita gente pensa, não tem nada a ver com pecado, "são pedidos" elevados a Maria por meio da fumaça.

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