terça-feira, 12 de julho de 2016
Dona Antonia, rezadeira das antigas
Ela tem histórias pra contar. Sua lucidez nas palavras se contradiz com os 91 anos de idade que tem. Dona Antonia é a rezadeira mais velha de Areia. Diz que aprendeu rezar com os familiares e que a morte não se causa medo. "Só tenho medo de morrer e deixar essa daí sozinha (apontando para a filha que vive com ela)". Viúva há 25 anos, lembra com carinho do ex-marido que para ela foi o melhor homem do mundo. Suas rezas são procuradas por gente de todas as partes do município de Areia que vê nela a esperança para doenças que a medicina tradicional não pode resolver.
Antonio Bachó, corrida de argolinha viva
Ele mantém a cultura das corridas de argolinhas viva no município de Areia. Mescla de vaquejada e disputas medievais, a argolinha é uma tradição que se perpetua viva no município de Areia e quem não deixa esta cultura morrer é Antonio Bachó, "amante desse esporte", como ele mesmo se identifica.
Luzinete, uma jovem rezadeira
Pelo dicionário ela é mulher que faz rezas ou deita cartas, para prever o futuro e afugentar males. Luzinete, no entanto, faz mais do que isso. Ela leva esperança de cura de doenças em crianças e adultos. Não cobra por isso e diz sentir-se feliz quando as pessoas a procura e têm seus males curados.
quinta-feira, 7 de julho de 2016
A cidade de Areia na abolição
Na cidade de Areia, muito antes da Lei do Ventre Livre, José Alves de Lima, rico proprietários de fazendas, viúvo e sem filhos, deu exemplo da mais alta generosidade. Não só libertou todos os seus escravos como deixou para eles, parte da sua fortuna. A outra parte ele legou a Matias Soares, seu sobrinho, pai do Monsenhor Walfredo Leal.
Os abolicionistas também usaram da Imprensa para estimular a concessão de alforrias e apressar a extinção da escravidão em Areia. Desenvolveram a propaganda abolicionista pelas colunas do Areiense, jornal que começou a circular em 1887 e que aderira ao movimento. Contudo, para melhor ativar a campanha, Manuel da Silva fundou outro jornal Verdade, em março de 1888, dois meses antes da Lei Áurea o qual, além de desenvolver a propaganda abolicionista, tentou pressionar os proprietários de escravos a libertar seus cativos, divulgando os nomes dos senhores que ainda os possuíam.
A "Emancipadora Areiense", como os outros abolicionistas da década de 1880, adotou medidas radicais para apressar a extinção da escravidão. Seus agentes agiram diretamente nas senzalas, estimulando fugas de cativos. Os escravos fugitivos, geralmente, se refugiavam no sítio de S. José, pertencente a Simão Patrício da Costa Senior, membro dessa Sociedade. Lá os fugitivos ocupavam as casas dos moradores, estribarias, estábulos e até a própria residência do proprietário. Por várias vezes, a propriedade foi cercada e ameaçada por tropas policiais
Fonte:
http://historiadaparaiba.blogspot.com.br/2008/11/abolio-da-escravido-na-paraba.html
Carlota Lúcia de Brito, fazendeira e condenada
Joaquim do Santos Leal possuía uma fazenda no sitio Jandaíra, mas tinha residência fixa em Areia-PB. Carlota Lucia de Brito, uma pernambucana, viúva e jovem se instalou-se na localidade conhecida como Cantinhos. Entre os dois aconteceu uma paixão que escandalizou, a sociedade areiense, na metade do século XVIII. Agredida numa das ruas de Areia, pelo adversário político de seu amante, Quincas Leal, Carlota de Brito, jurou vingança e mandou matar o deputado provincial, Coronel Trajano Chacon. O ato criminoso deu inicio a uma guerra entre as famílias Chacon e Santos Leal.os detalhes dessa tragédia estão escritos no Livro de José Américo de Almeida, MEMORIAS, ANTES QUE ME ESQUEÇA. A Cinética filmes produziu um filme, em longa metragem. Areia. Naquela cidade aconteceram conflitos armados. Os partidários do major Quincas Leal tiveram debater em retirada, transformando a antiga fazenda de Jandaíra num refúgio provisório. Sobre o major Quincas existe um curioso registro de seu envolvimento amoroso com uma pernambucana de nome Carlota Lúcia de Brito que o levou à desgraça.
Arrastado, sem querer, a uma trama criminosa, o major Quincas Leal foi condenado a viver o resto do seus dias na antiga prisão de Fernando de Noronha, onde morreu debaixo dos piores sofrimentos. Seus familiares, os Santos Leal, foram durante anos perseguidos. Novamente a fazenda Jandaíra transformou-se num refúgio para garantias de sobrevivência daqueles familiares. Volto aqui ao caso de Carlota Lúcia de Brito, a de Areia, de 1849/51 para registrar o interesse que este tema ainda palpita. Trata-se, agora, de um estudo publicado nos Estados Unidos, por Joan E. Meznar, no livro `The Human Tradition in Latin América. The Nineteenth Century`, de Judith Ewell e William H. Beezley, de 1995.
Fonte:
http://fotosesperancadeouro.blogspot.com.br/2014/12/carlota-lucia-de-brito-1810-1895.html
Teatro Minerva - palco das artes em Areia
Inaugurado em 1859, com o nome de Teatro Recreio Dramático constituía o orgulho dos habitantes de Areia, em especial dos membros da Sociedade Recreio Dramático que o construiu às suas expensas, iniciativa pioneira que precedeu em trinta anos o teatro da Capital. Funcionava regularmente com representações dos conjuntos amadores locais. Consta que mesmo companhias famosas que se exibiam em Recife, iam até Areia, recebendo sempre muitos aplausos de um povo que tinha amor pela arte e pela inteligência. Localizado na Rua Epitácio Pessoa, S/N, o
prédio de linhas simples, tendendo mais para o tipo clássico, apresenta na fachada principal três portas e mais acima duas janelas. Em relevo o nome Theatro Particular e a data de inauguração,1859. Um frontão de formato triangular ostenta no tímpano, um ornato em relevo e mais acima uma decoração em caprichosas volutas no centro da qual há uma estatueta da deusa Minerva. Esta foi ali colocada por Horácio Silva, no início do século XX, quando na gestão do prefeito Otacílio de Albuquerque foram feitos alguns melhoramentos no prédio. A partir daí passou a ser conhecido por Teatro Minerva.
À entrada há um pequeno hall por onde se penetra na sala de espetáculo, de piso inclinado, em tijoleiras, com uma passadeira no centro. Do teto de madeira pende um lustre de ferro com seis braços.
À volta, duas ordens de frisas, superpostas, de formato circular, em madeira, divididas por colunas simples do mesmo material. Há luminárias em forma de candeeiros ao longo das paredes laterais.
Na parte posterior, por trás do palco, estão localizados os camarins ligados ao mesmo e aos corredores por duas entradas laterais.
O mobiliário um tanto rústico, foi todo renovado seguindo tanto quanto possível o modelo original.
Durante algum tempo o prédio funcionou como cinema porém agora retornou à sua primitiva função.
Fonte:
Ler mais: http://vivaomuseu.webnode.com.br/teatro-minerva/
Casarão "Vila Neusa"
Durante muito tempo eu passei por este casarão e nunca entendi porquê “Vila Neusa”, se a casa não se tratava de uma vila, embora fosse imensa. De muito bom gosto, a casa sempre esteve ali altiva no seu glamour, até que em uma das matérias do brejo.com, eu vi que o casarão foi construído nas primeiras décadas do século XX, (provavelmente no ano de 1925). Localizado na rua Dr. José Evaristo, ao lado da Igreja do Rosário dos Pretos, tanto o projeto, quanto o casarão, pertencia ao Senhor José Castôr Gondim que faleceu em 1987 aos 94 anos.
Conta-se que na revolução de 1930, quando o casarão ainda não era do tamanho que é hoje, foi invadida e destruída. Depois o casarão foi reformado e ampliado, conforme imagem acima, especialmente um “sobrado” na parte direita do casarão. O termo “Villa Neuza”, que com certeza, muitos areienses desconhecem, é em homenagem a uma das filhas do Sr. José Castor Gondim, costume típico na época colocar o nome de uma das filhas (em preferência à primogênita) na fachada dos casarões.
O casarão tem um estilo arquitetônico eclético, apresenta um recuo na sua lateral direita, jardim, varanda no lado esquerdo e direito, três janelas frontais, balcão com pilastras que dão aspecto belo e imponente. Atualmente o casarão pertence à outra filha do Senhor José Castôr Gondim, Enilde Gondim. A parte interna do casarão é tão esplendorosa quanto à externa com objetos e móveis da época de sua construção. Com absoluta certeza, o casarão é considerado um patrimônio histórico e cultural do município de Areia, sendo um dos mais belos e ricos da cidade.
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Pedro da Bodega e Zé Gordo: luta pela tradição da bodega
Pedro da Bodega |
Zé Gordo (Gordo da Bodega) |
sexta-feira, 1 de julho de 2016
O que é patrimônio imaterial
Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas). A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial.
Nesses artigos da Constituição, reconhece-se a inclusão, no patrimônio a ser preservado pelo Estado em parceria com a sociedade, dos bens culturais que sejam referências dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. O patrimônio imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) define como patrimônio imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural." Esta definição está de acordo com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em março de 2006.
Para atender às determinações legais e criar instrumentos adequados ao reconhecimento e à preservação desses bens imateriais, o Iphan coordenou os estudos que resultaram na edição do Decreto nº. 3.551, de 4 de agosto de 2000 - que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial e criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) - e consolidou o Inventário Nacional de Referências Culturais (INCR).
Em 2004, uma política de salvaguarda mais estruturada e sistemática começou a ser implementada pelo Iphan a partir da criação do Departamento do Patrimônio Imaterial (DPI). Em 2010 foi instituído pelo Decreto nº. 7.387, de 9 de dezembro de 2010 o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), utilizado para reconhecimento e valorização das línguas portadoras de referência à identidade, ação e memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira
Sebastiana e o sino de Mata Limpa
Um sino é um dispositivo simples de produzir som. É um instrumento de percussão e um idiofone. A sua forma é aproximadamente um cone oco que ressoa ao ser golpeado.
O instrumento de percussão pode ser uma lingueta suspensa dentro do sino, (também se usam os nomes "badalo" para a lingueta interna, ou "martelo", quando é uma peça que bate o sino por fora), de uma esfera pequena, livre, incluída dentro do corpo do sino, ou de um malho separado.
Os sinos são feitos geralmente de bronze, mas os sinos pequenos podem também ser feitos de cerâmica ou de vidro - para decoração.
A Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa consideram os sinos uma peça sagrada, o sino representa um chamado para as missas nas igrejas.
Os sinos podem ser de todos os tamanhos: dos acessórios minúsculos do vestido aos sinos da igreja que pesam toneladas. Um sino muito famoso é o Liberty Bell, que está em Filadélfia, nos EUA.
O maior sino já fundido em bronze é o Tsar Kolokol, exposto atualmente no Kremlin de Moscovo, capital da Rússia.
O mais antigo sino do mundo de expressão oficial portuguesa foi identificado na vila de Coruche, Portugal, datando de 1287.
Ronaldo, o vendedor de doce
Os doces, confundidos por vezes com geleias (no Brasil), ou compotas, marmeladas e james (em Moçambique), são conservas de frutas ou outros vegetais, como o tomate e a cenoura, em puré ou seus sumos (sucos, no Brasil) cozinhados em açúcar e usadas para comer sobre fatias de pão ou bolachas, para misturar com iogurte ou sorvete, ou ainda para rechear bolos ou outros doces.
Em Portugal, a geleia é um tipo especial da mesma família de alimentos em que os frutos são cozidos com bastante líquido (água, sumo de frutos ou vinho), para além do açúcar, que depois é coado e se torna numa pasta quase transparente quando arrefece (um gel).
As compotas são outro tipo de doce, feitas com frutos inteiros ou em pedaços. Um tipo especial de doce (ou geleia) que fica sólido depois de esfriar é a marmelada e a goiabada.
Os gregos da Antiguidade já coziam marmelos em mel, segundo se relata no livro de cozinha do romano Apício.
Teté, o engraxate de Areia
Tété é engraxate há muito tempo. Já fez os sapatos das principais personalidades de Areia e tenta manter a tradição de engraxantes na cidade. Segundo ele, trabalhando a mais de 40 anos nesta área ver com tristeza a perspectiva de, em poucos anos, não existir mais nenhum em Areia. "Já existiu, trabalhando ao mesmo tempo, mais de 10 engraxantes em Areia, hoje só eu tento manter viva esta tradição.", relata.
Com ponto fixo na esquina entre as ruas Dr. Cunha Lima e 1º de Maio, em Areia-PB, Tété diz que não dar pra viver da profissão de engraxante e que faz outros trabalhos para garantir o sustento da família. "Desde os dez anos que trabalho, faço de tudo para ganhar a vida", informa. Orgulha-se, ainda, de dizer que "só usa produtos de qualidade nos sapatos" dos seus clientes, "que não estraga o couro".
Em tempos remotos era comum ver e se utilizar dos serviços dos engraxantes de Areia que montavam suas cadeiras quase sempre na calçada lateral onde hoje funciona uma loja de eletrodomésticos, na praça da prefeitura.
Resgate do pavão misterioso, gravações em Areia
A cidade de Areia está servindo de cenário para o longa metragem “O resgate do pavão misterioso”. A equipe ficará três dias na cidade, de 14 a 17 de janeiro, para filmar algumas cenas no histórico município paraibano.
O longa metragem “O Resgate do Pavão Misterioso”, é mais um trabalho do diretor Sílvio Toledo, que já atuou em várias produções com temáticas para toda família, e entre seus filmes estão “O Lobisomem da Paraíba” e “Flor”.
“O Resgate do Pavão Misterioso” é inspirado no famoso cordel que foi escrito na década de 20, pelo paraibano José Camelo de Melo Rezende, e foi o folheto mais vendido em todos os tempos. O longa está sendo financiado pelo Fundo de Incentivo a Cultura – Augusto dos Anjos.
Fonte: http://brejo.com/2014/01/16/longa-o-resgate-do-pavao-misterioso-esta-sendo-filmado-em-areia-pb/
Diego Faria, artista de Areia
Quem não se lembra de Neymar ou Cristiano Ronaldo dançando “Ai se eu te pego” no ano passado, e da música de Michel Teló estourando pelo mundo logo em seguida? Guardada as devidas proporções, o fenômeno parece estar se repetindo com um novo talento do sertanejo universitário. Trata-se de Diego Farias, 23 anos, e dono do hit “Elas ficam loucas”, que já fez gente como Fred, do Fluminense, Ronaldinho Gaúcho, do Atlético Mineiro, e Bill, do Santos, dançar sua música após a comemoração de um gol.
A história de Diego Farias não se assemelha a de Michel Teló apenas no que diz respeito a ser tornar queridinho de jogadores de futebol. Ele também é compositor e já tinha feito sucessos para outros cantores como Bruno & Marrone, para quem escreveu “Te amo feito louco”, Edson & Hudson, que gravaram “Não vou dar moral”; e Jorge e Matheus, que ficaram com “A carne é fraca”. Mas ele queria uma música que grudasse, e que tivesse uma coreografia fácil. A solução veio quando ele ouviu “Elas ficam loucas”, da banda “Forró Sacode”.
Diego fez um acordo com a banda, gravou com exclusividade e, depois de um mês tocando nas rádios do Brasil, já vê sua música sendo umas das mais executadas.
Adaptado de: http://ego.globo.com/musica/noticia/2012/09/conheca-diego-farias-dono-do-hit-elas-ficam-loucas-e-rei-dos-boleiros.html - publicada em 7/9/2012
Rejane Ribeiro, a voz da Chã de Jardim
Foi numa singela capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, erguida no seio da Chã de Jardim, onde a jovem Rejane Ribeiro cresceu em idade e na fé. Apaixonada por música comprou um violão, aprendeu os primeiros acordes e passou a animar as missas da comunidade, assim como o grupo de jovens “A união faz a força”.
Rejane é uma cantora de MPB, bossa nova e música regional da nova geração, já tem um CD gravado e faz apresentações em casamentos, aniversários, confraternizações entre outros. Além disso, é uma estudante universitária dedicada , cursa Bacharelato em Agroecologia pela UEPB-Universidade Estadual da Paraíba em Lagoa Seca, e uma filha exemplar.
Incentivada pela professora e historiadora Luciana Balbino, também do grupo de jovens, Rejane passou a colaborar com a Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Chã do Jardim (ADESCO) animando o “Piquenique na Mata”, uma atividade oferecida aos visitantes e realizada na Reserva Estadual da Mata do Pau Ferro, uma significativa oportunidade para mostrar o seu talento aos turistas.
Fonte: http://www.paraibacriativa.com.br/artista/rejane-ribeiro/
Recreio Dramático, grupo de teatro
O grupo Cênico Recreio Dramático se iniciou em setembro de 2004 em Areia-PB, participou de vários festivais como, Caminhos do Frio, festivais de Arte, Festivais Estudantis, II Mostra de Monólogos da UFPB/FUNJOPE, VII Mostra Estadual de Teatro para Crianças em João Pessoa-PB,VI Mostra SESC Curumim de Teatro Infantil em Campina Grande-PB, XIV Mostra Estadual de Teatro e Dança em João Pessoa-PB, concorrendo ao prêmio de melhor Dramaturgia e contemplado com o prêmio de “Revelação em Interpretação” com o espetáculo “Família é uma Desgraça”, e realizou em outubro de 2010 o I Festival de Teatro e Dança do Estudante em Areia - PB.
Retirado de: http://recreiodramatico.webnode.com.br/sobre-nos/
Quebra-queixo de Ronaldo do Doce
Ele ganha a vida fazendo e vendo uma das guloseimas prediletas das crianças: doce quebra-queixo. Ronaldo do Doce já chegou a percorrer mais de 40 km por dia oferecendo seu produto por várias regiões do município de Areia-PB.
Na bicicleta ou moto (que comprou recentemente), Ronaldo do Doce é figura cativa nas ruas da cidade e localidades rurais com seu doce de coco "raspado à mão" como gosta de frisar.
Pelo que fala, o doceiro não deixará herdeiro. Os filhos enveredaram por outros caminhos e a tradição do doce quebra-queixo, em Areia, breve se acabar mais cedo do que ele gostaria. "Os filhos estão criados e não pretendem fazer a mesma coisa que eu, só fui para este ramo porque não tinha estudos", relata emocionado.
Poucas são as pessoas que não conhecem o doce de Ronaldo, inclusive, segundo ele, já teve seu produto levado até para o exterior e são constantes as propostas de produzir para vender em supermercado da cidade. "As pessoas gostam do meu doce porque faço da forma tradicional, raspo o coco na mão sem usar nenhuma máquina para isso, é o que faz ficar mais gostoso", orgulha-se. Além disso, o cozimento é todo artesanal em fogo de lenha que colhe nos arredores da sua casa localizada na periferia da cidade de Areia e "com o aproveitamento das quengas do coco" que, se não fosse assim, iam para o lixo.
Ronaldo não sabe o que será desta tradição daqui há alguns anos, só tem uma certeza: muita gente vai sentir falta das suas guloseimas.
Sebastiana, tocadora de sino
A falta de interesse dos jovens pela cultura da região faz com que muitas tradições esteja sendo esquecidas não só em Mata Limpa mas em todo o município de Areia. "As procissões de antigamente eram acompanhadas por gente de todas as idades, hoje vemos que apenas os mais velhos estão presentes", lamenta Sebastiana.
Como tocadora de sino de igreja, Sebastiana tem histórias. Fala de presenças de almas dentro de igrejas, de conversas com familiares e presença de representantes do além.
A figura do tocador de sino, para ela, está se acabando. "Primeiro porque os mais moços não se interessam e depois as paróquias estão adotando o gravador para representar os sons", lamenta.
Cada situação exige um sono diferente do sino, diz Sebastiana. "Missa solene é uma batida, sepultamento de criança, é outra, de adulto é outra", explica.
Mata Limpa, distrito imaterial de Areia
Mata Lima é um Distrito do Município de Areia-PB. O Distrito de Mata Limpa foi elevado a distrito Judiciário no dia 11.12.1964 por decreto estadual de Nº 3.233, bem como a criação do Cartório Distrital. Existem várias história do por quê Mata Limpa receber este nome.
Os moradores acreditam que tudo se deu em virtude de uma grande mata que existia no local que ligava a região ao município de Areia perfazendo mais de 6 quilômetros de distância. Uma mata densa, fechada, com apenas um caminho entre ela que dava acesso à Areia. Relatam os mais vividos que a mata se destacava por ter o chão repleto de folhas muito secas além, também, do local ser passagem de tropeiros que vinham do sertão em direção ao litoral com mercadorias para vender.
Diz a história que os tropeiros diziam "vamos descansar naquela mata limpa", dando origem ao nome do distrito. O morador Jailson Silva, relata que os tropeiros ficavam embaixo das árvores repousando na "mata limpa" enquanto os animais aproveitam para se alimentar nas pastagem da região.
Outra justificativa para a origem do nome Distrito é que existia muitas brigas entre os moradores e quase toda semana era sepultada uma pessoa vítima destas desavenças. E assim, segundo Jailson, Mata (matar mesmo) e limpa (tirar o corpo do local para ser enterrado) seria a origem do nome de Mata Limpa.
O distrito é palco de muitas tradições e costumes sendo particularmente interessante a presença da tocadora de sino de igreja conhecida por Dona Sebastiana faz parte do projeto de Resgate do Patrimônio Imaterial de Areia.
Engraxate, patrimônio imaterial em extinção
Engraxate (português brasileiro) ou engraxador (português europeu) é o homem responsável pelo polimento e limpeza de sapatos.
A tradição remete ao ano de 1806 o nascimento do ofício de engraxate, quando um operário poliu em sinal de respeito às botas de um general francês e foi recompensado com uma moeda de ouro por isto.
Durante a Segunda Guerra Mundial apareceram os “sciusciàs”, garotos que para ganhar qualquer coisa lustravam as botas dos militares, além de terem cópias de jornais, goma de mascar e doces.
Ao término da guerra desapareceram o sciusciàs e também os engraxates de Nápoles, no início dos anos cinquenta eles eram apenas mil. Hoje em dia, caminhando pelas ruas napolitanas, ocasionalmente, pode-se encontrar algum.
Após a imigração italiana aparece, por volta de 1877, na cidade de São Paulo, os primeiros engraxates. No início eram poucos, de 10 a 14 anos, todos italianos e percorriam as ruas, das 6 horas da manhã até a noite, com uma pequena caixa de madeira com suas latas, escovas e outros objetos.
As cadeiras de engraxate foram inventadas por Morris N. Kohn em 1890.o engraxate hoje em dia é uma profissão em via de extinção.
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